Hugo Castro

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São três ases: duas idades e um perito, nos remetem ao sendo (being), à prisão (captura) e à procura pela fuga.

A captura é obra das caixas que se espalham por ruas e por quartos, onde são chamadas. Não são quadros de mulheres, tão-pouco é o homem quem exerce o maior predomínio. É justo o olhar das mulheres ser desviado tanto quanto é cativado, como o é a interferência do traço do homem nas formas da mulher.

O estado é o movimento. Se é uma ela que nos olha primeiro como consequência do movimento dele, também é ele para nós o presente, aquele que está (being), porém invisível…

…e a libertação é fruto híbrido entre o autor e a pintura. Colectivos de humanos e não humanos fundem-se nesse aspecto: o da libertação agenciando; e o da relação não apenas circunstancial mas também indivisa: tela/humano – mulher/homem. A vergonha e desonra confundem-se assim com o ensejo e a inculpa!

Foge, foge… que se por elas chamasse, só ele responderia.

                                                                                                                                    Hugo Castro