Cenatórios…
Emboscadas…
Inevitáveis caminhos…
Rodopiei, pulei em falso nas vigas de minha própria feitiçaria.
Eu, a Ela.
Excessiva e mirada pela cobiça de outras Elas, fria…
Eu que oscilei segura na avenida da celebridade,
Que fui canção, provérbio e perfeição.
Eu, a Ela frágil de que hoje não há saudade…
Flashes famintos,
Cenários cintilantes,
Olhares obscenos e magnatas,
Bastidores sem dono…
Rodopiei e vi meu corpo em mutação.
Flashes desviados,
Cenários ocupados,
Olhares apáticos,
Jaulas infernais…
Eu, a Ela, despejada pelas Elas que um dia irão chorar.
Divino felpo que me seca as lágrimas,
Que adorna o espelho da mulher que não quero olhar…
César Freitas