textos: César Elias

O que somos nós realmente?(ou outro lado do inacabado)

O trabalho de Ricardo baseia-se no retrato da problemática do confronto, seus parâmetros, seus porquês… Discerne a realidade da identidade. Sendo a vida um todo belo e a mulher seu protótipo, viajamos além daquilo que entendemos por vida, beleza, identidade (…) Distinguem-se pistas contraditórias sobre a perfeição inatingível. De destacar o mistério, o desconhecido, o medo, pairando uma aura suicida, de morte, de desorientação entre o real e o irreal. “Thanatos”, de Freud, figura irrefutavelmente na obra tanto como conceito como sentimento. Mais importante do aquilo que fomos, somos ou seremos, é não tão saber o que poderíamos ter sido ou poderíamos ser, acabando por existir uma dupla personalidade falsa; a que não existe porque é virtual e a que existe por norma, apenas identificável humanistamente, mas que não dá importância ao verdadeiro eu representado no corpo.


César Elias Freitas